terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que é felicidade? É olhar pro céu e observar as nuvens? É ouvir sua música preferida? É correr em direção ao sol?
Chega em um certo ponto em que você não é mais inocente, você passa a ver o mundo com outros olhos. Nada é como antes, você passa a ter uma crise de identidade. Não sabe bem o que quer, não sabe quem são seus amigos, não sabe do que gosta, o que pode ou não fazer, não sabe se as pessoas são quem dizem ser. Percebe que tudo o que você gosta, um dia acaba.
As nuvens se desfazem. Você enjoa de sua música preferida. O sol se põe. Então você se vê sem esperança, olhando seu reflexo distorçido em um espelho quebrado. Lágrimas escorrem. Tudo está desmoronando, por conta de acontecimentos, seja de família, escola, amigos.
A depressão chega e te leva pra escuridão e você se perde. Não ri de mais nada, não se sente bem entre aqueles que sempre te ajudaram. Pode parecer ingratidão, talvez. Mas tristeza é um assunto complicado. Você quer ficar sozinho. Passa a observar as pessoas como se fosse um filme, e você não fizesse parte dele.
Por mais que tentem te ajudar, você sabe que tem que sair desse buraco sozinho, lutar para mudar o que está errado. Só não se sabe como.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pré adolescência

Acho que a pré adolescência é a época mais dramática, confusa e difícil de toda a vida. É quando você passa por várias mudanças, não sabe o que quer, e cada coisa que acontece você pensa que é o fim do mundo. É quando você não é mais criança, mas também não é um adulto. É a fase onde você fica nervoso por tudo, briga bastante com seus pais por serem injustos com você. É a fase que você começa a perceber as coisas de um jeito diferente. Você acha que já é grande, você olha pra trás e diz 'nossa, como eu era idiota' e acha que pode resolver tudo sozinho. E no finzinho dessa fase você se toca, que não era tão maduro assim. Na verdade você era só um pré adolescente que se achava grande e que na verdade chorava por tudo. Chorava por não saber o que fazer, por ter brigado inúmeras vezes com seus pais, por achar que a vida é injusta e que tudo seria melhor se nem tivesse nascido. Mas depois passa. Porque nem tudo é o fim do mundo. Há soluções, e o melhor jeito é não se desesperar, achar que nada vai dar certo. Porque acaba dando. Mas não há como amadurecer sem passar por tudo isso. Essa é uma fase muito importante. Uma fase que você cresce.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

liberdade.

Deitar na grama e olhar para o céu, é a uma das melhores coisas a se fazer quando se está triste, ou confuso. Sentir a brisa no rosto, parece que esclarece as idéias, melhora seu dia. Dá a sensação de liberdade.

Dá vontade de ficar ali pra sempre, deitada ao sol, observando as nuvens, enquanto a brisa acaricia seu rosto. Onde não há stress, nem ansiedade. Nem preocupações. Muitas dessas, bobas. Que não há a necessidade de se preocupar. Não dá vontade de voltar pra casa. Não dá vontade de voltar para a escola. Não dá vontade de voltar para o mundo. E enfrentar a vida. As pessoas. Os problemas.

São pequenos momentos como esse, de felicidade, que me fazem achar que ainda há esperança.

terça-feira, 13 de abril de 2010

palavras

Não sou boa com palavras. Quando tenho uma idéia para uma crônica, é só vir outro pensamento que atropela minha idéia, e a idéia se esvai, com o vento.

Tem vezes, também, que quero dizer o que estou sentindo, mas não consigo traduzir meu sentimento em palavras. Por isso penso que, às vezes, não precisamos de palavras. Por mais que elas sejam importantes, às vezes um silêncio é bom.

Um olhar. Um sorriso. Às vezes, eles traduzem tudo o que você sente por uma pessoa. Ou, simplesmente, que você está feliz. Ou, até, por um sentimento bom, que às vezes, inexplicável, que nem palavras, nem sorrisos, nem olhares podem traduzir.

lembranças

Se eu pudesse guardar as coisas que eu quero me lembrar no futuro, seriam:

- meu cachorrinho de pelúcia que é IGUAL a minha cachorra

- todos os meus bilhetes >.<
- meu inúmeros cadernos de desenho
- um livro [talvez o livro "como viver para sempre", ou talvez "o ladrão de raios"...]

-
uma foto da minha família - inclusive da minha cachorra
- minha palheta laranja :]
- meus esmaltes preferidos
- uma lista de todas as músicas que eu gosto
- uma foto de todos os meus amigooss \o/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

escadas...

Escadas. São uma coisa que realmente atrapalha minha vida. A coisa que mais me irrita, é subir escada. Ainda mais com uma mochila cheia de livros e cadernos, e um monte de gente tentando chegar à sala de aula, e você, ali querendo que elas andem mais rápido.

Isso é o que eu passo todo o dia. Subindo escada, descendo escada. Ainda mais que a minha sala fica no SEGUNDO andar. Então eu tenho que subir escadas em dobro.

Eu chego na sala de aula cansada, de tanto subir escada. Eu posso estar sendo um tanto exagerada, mas eu acho que as escadas me perseguem.

No dia de corrida, a gente tem que subir uma escada. Mesmo que ela seja pequena, é uma escada. E cansa. A gente já corre por insuportáveis nove minutos, e ainda tem que subir escada. Escadas me cansam fisicamente, e me cansam a paciência.



terça-feira, 23 de março de 2010

eu não posso ser [não ao mesmo tempo]:

-Uma aluna exemplar e dedicada

-Uma filha obediente

-Uma irmã legal

-Uma menina super alegre e boazinha

sábado, 20 de março de 2010

MISSÃO : banho

Numa manhã, o calor estava tão insuportável e o ar TÃO denso, que eu nem conseguia respirar direito. Foi aí que minha mãe falou pra eu dar um banho na minha cachorra. Minha cachorra é uma dashchund. Ela é pequenininha, mas faz uma bagunça enorme. Reclamei, mas no fim, aceitei.

Peguei a toalha, o xampu, e enchi a banheira de água. Agora, o que faltava era pegar a própria. O que era difícil, porque na hora do banho, ela sempre foge. Pra começar, fui procurar na sala. Ela não estava lá. Procurei no quintal, também não estava. Chamei: "Chicaa!" Foi só esperar um pouco, e ela estava na minha frente, me olhando de um jeito MUITO fofo. Mas foi só escutar a palavra banho, e ela fugiu de novo.

Saí correndo atrás dela desesperadamente. Dei várias escorregadas, até que consegui pegá-la. Carreguei-a até a banheira. Quando fui colocá-la dentro da banheira, quem disse que ela queria entrar? Mas, mesmo assim, coloquei ela dentro da água e começei a passar xampu. Mas ela se sacudiu tanto, que eu fiquei ensopada.

Depois de um tempo, já tinha acabado o banho. Ela limpa e eu ENCHARCADA. Sequei ela com a toalha e coloquei-a no chão. Aí, aconteceu a coisa mais estranha do dia. Ela começou a correr, muito, como se estivesse sendo perseguida. Ela correu pela casa inteira, e se eu chegava perto ela começava a latir pra mim, e fugir de mim. Eu começei a rir muito. Tava muito engraçado. Eu nunca vi ela correr tanto.

Depois disso, eu fui me olhar no espelho. Eu estava COMPLETAMENTE molhada. Entrei no banheiro. Agora era a MINHA vez de tomar banho.

quinta-feira, 18 de março de 2010

prova de geografia [!!]

Sento na carteira, nervosa. Minhas mãos trêmulas, tiram uma caneta esferográfica do estojo. Minha respiração estava ofegante. Em poucos minutos, eu estaria respondendo uma prova imensa, e super difícil, de geografia. Será que eu tinha estudado o suficiente? Será que eu estudei o capítulo certo? Ou será o errado? Será que a prova vai ser muito difícil? Será que vai dar branco? Será que vou tirar nota baixa? Será que vou ficar de RECUPERAÇÃO??? Não... chega de pensamentos negativos.

Respirei fundo, tentando me acalmar, e me lembrar o que eu tinha estudado na noite anterior. Praticamente, eu não sabia NADA de geografia. Ai meu Deuus. Daqui a pouco o sinal vai bater! Olho em volta. As pessoas à minha volta pareciam desesperadas por causa da prova. Provavelmente não tinham estudado. Para o meu desespero, o sinal toca, estridente.

O professor entra na sala. Escreveu na lousa "PROVA DE GEOGRAFIA". E eu, cada vez mais contorcida na carteira. Pegou as folhas de respostas e distribuiu para todos os alunos da sala. Pegou as folhas da prova e distribuiu para a classe. Tudo isso, e a classe em silêncio (o que é quase um milagre). Talvez... medo? Nervosismo? Nao sei. Mistério.

Olhei para a minha folha. Respiro, nervosa. 7 QUESTÕES [!]. Coloco meu nome nas duas folhas. Me preparo bem para enfrentar uma prova com 7 questões e cada uma com A, B, C e D. Olho a primeira questão. Peraí! O que é CRESCIMENTO VEGETATIVO???

sábado, 6 de março de 2010

tempo : nublado, com chuva

O vento frio bate em meu rosto. Olho para os dois lados. Não há sinal de nenhum carro. Atravesso a rua.

Num dia frio de feriado, saí na rua, somente para passear, tomar um café, sair um pouco de casa. Com as mãos no bolso e o cachecol balançando ao vento, atravessei a rua e entrei na padaria. Sentei à mesa e pedi um chocolate quente. Observei o local. A padaria estava quase vazia, assim como a cidade. Abri o casaco. O local estava mais aquecido do que lá fora. Porque estaria tão frio em São Paulo, onde o clima geralmente é quente? De fato eu preferia o frio do que o calor.

Chega a garçonete com o meu chocolate quente. Experimento. O calor do chocolate percorre meu corpo e me aquece. O gosto do chocolate, meio amargo, com o doce do chantili. Repouso as mãos na mesa, e fico pensativa. Será que essa época fria passaria logo? Será que voltaria aquele calor insuportável? Tomara que não, penso. Aquele calor todo me dava tontura.

Tomo mais um gole do chocolate. Começa a chover. Olho a chuva pela enorme janela de vidro. O clima nublado. Não sei porque, mas a chuva me causava uma certa depressão. O sol havia sumido, as nuvens cobriram-no.

Acabo meu chocolate. Fico ali sentada, esperando a chuva passar. Já havia se passado um bom tempo, quando finalmente a chuva acaba. Pago o chocolate e saio da padaria. O dia ainda estava frio. Meu nariz congela. Fecho o casaco e me preparo para uma jornada até em casa, pelo labirinto de ruas e avenidas.